Circuito das Frutas: destinos próximos a São Paulo ideais para feriados

Restaurantes, programas culturais e uma imersão ao turismo rural são os grandes atrativos destes locais do interior

Contato com vida de fazenda e animais é um dos atrativos das propriedades da região, como no Sítio Sassafraz, em Itupeva
Contato com vida de fazenda e animais é um dos atrativos das propriedades da região, como no Sítio Sassafraz, em Itupeva Livia Luz

Saulo Tafarelodo Viagem & Gastronomia

Com a pandemia da Covid-19, cidades próximas à São Paulo passaram a ser destinos muito visados. Facilmente acessados de carro pelas rodovias que ligam a capital ao interior, os municípios que fazem parte do Circuito das Frutas, polo turístico bem próximo da capital formado por 10 cidades, atraem visitantes com suas áreas abertas rodeadas pelo verde e oferecem experiências interessantes aos turistas.

São destinos ideais para um bate e volta ou ainda para passar feriados com a família, como o 7 de setembro. Formado principalmente por cidades no entorno de Jundiaí e Campinas, as localidades são recheadas de programas culturais-históricos e se destacam pelo turismo rural, já que a variedade na produção de frutas é o chamariz da região. A gastronomia não fica de fora, com restaurantes que servem o melhor da comida local, e as hospedagens também dão conta de receber muito bem casais e famílias em busca de tranquilidade e diversão.

Vizinhas umas das outras, elas podem ser aproveitadas em um roteiro conjunto ou até mesmo separadas, de acordo com o intuito do passeio. Respirar novos ares, percorrer pontos históricos, conhecer fazendas e se aproximar de um estilo de vida menos apressado são os maiores atrativos destes locais. A seguir, conheça cada uma das 10 cidades que fazem parte do Circuito das Frutas no interior paulista:

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Atibaia (67 km de São Paulo)

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Turistas na Pedra Grande, ponto para apreciar a cidade, o pôr do sol e para fazer esportes radicais (Foto: Wikimedia Commons)

Cercada em partes pela Serra da Mantiqueira, a cidade de mais de 144 mil habitantes é lar da famosa Pedra Grande, montanha de 1.418 metros de altitude na Serra do Itapetinga. Foi o primeiro monumento natural do estado e recebe muitos visitantes aos finais de semana, já que sua beleza cênica é motivo de contemplação – ideal para apreciar o pôr do sol – e o grande espaço ao ar livre atrai praticantes de esportes radicais, como vôo livre, rapel e trekking.

Atibaia é conhecida pela expressiva produção de morango, sediando inclusive a Festa das Flores e dos Morangos em setembro no Parque Municipal Edmundo Zanoni – este ano cancelada por conta da Covid-19. Um passeio interessante junto das crianças é visitar o Orquidário Takebayashi, em que os turistas colhem morangos do próprio pé, cultivados no sistema semi-hidropônico e sem agrotóxicos. Cobra-se R$15,00 para colher cerca de 400g de morango em uma bandeja que pode ser levada para casa.

Parque indoor do Tauá em Atibaia
Parque aquático indoor do Tauá, em Atibaia (Foto: divulgação/Tauá)

No âmbito cultural, vale uma passadinha no Museu de História Natural, no Parque Edmundo Zanoni, que guarda cerca de 4 mil itens, em sua maioria animais empalhados que passaram pelo processo de taxidermia. O restaurante da Fazenda Paraíso é opção para a família saborear comidas de fazenda, com café da manhã rural aos finais de semana e almoço, contando mesas perto de um lago e ainda visitas à fazendinha e ao alambique. Para quem não abre mão de uma boa hospedagem, a cidade é servida por dois grandes hotéis: o Bourbon e o Tauá, ambos grandes resorts com estrutura completa para toda a família.

Indaiatuba (100 km de São Paulo)

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Um dos pontos do parque ecológico do município, bom para caminhar e relaxar (Foto: Wikimedia Commons)

Bem próxima a Campinas e ao Aeroporto Internacional de Viracopos, Indaiatuba desponta entre as cidades do interior com um dos melhores índices de qualidade de vida. A cidade soma mais de 250 mil habitantes e destaca-se na produção de uva de mesa, ficando entre as maiores produtoras do estado. Por ali, uma parada obrigatória é o Parque Ecológico, projeto do renomado arquiteto Ruy Ohtake que corta a cidade em 80% de sua totalidade. É uma área bem democrática e para toda a família, com 15 km de pistas de caminhadas, cooper e ciclovias, além de bosques, lagos, jardins, pista de skate, quadras de vôlei e futebol, teatro e parquinho temático infantil. É uma ótima maneira de conhecer a cidade e passar uma tarde agradável até o pôr do sol.

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Prédio e represa que fazem parte do Museu da Água de Indaiatuba (Foto: Sacha Ueda/Prefeitura de Indaiatuba)

Na entrada da cidade, o recente Museu da Água é moderno e alia ciência, tecnologia e um acervo para contar a história da água em Indaiatuba e sua importância universal. Seus pavimentos abrigam atividades virtuais interativas e no final é realizada uma trilha por uma mata remanescente da Mata Atlântica e do Cerrado com represas. Local que marca o nascimento da cidade, a Igreja Nossa Senhora da Candelária é uma atração local, sendo uma das poucas igrejas construídas em taipa de pilão do estado ainda existentes, exemplo conservado da arquitetura religiosa colonial paulista.

Sempre animado, o Pezão Bar é famoso na região. Cheio de penduricalhos decorativos, o restaurante serve petiscos e pratos, em que a costeleta de tambaqui e o camarão sem juízo (com casca, a milanesa e sem cabeça) se destacam junto do chopp gelado. Caso opte por ficar pela cidade, o Royal Palm Tower, do grupo Royal Palm, é perto dos principais pontos da cidade, oferece café da manhã e suas acomodações são aconchegantes e modernas.

Itatiba (80 km de São Paulo)

tigre zooparque itatiba
Tigre é um dos moradores do Zooparque, um dos programas mais tradicionais da cidade (Foto: acervo Zooparque)

Situada em um relevo acidentado, a cidade de cerca de 120 mil habitantes recebeu o apelido de “Princesa da Colina” e também o de “capital dos móveis coloniais” pelo destaque nacional pela produção de móveis. Além de suas denominações, Itatiba destaca-se no cultivo de várias frutas, entre elas o caqui – que possui até uma festa em meados de abril dedicada exclusivamente a ela.

Próximo a Jundiaí, o município tem um patrimônio histórico-cultural importante com seus casarões do século XIX pelo centro. Um deles é o “Solar dos Godoys Moreiras”, de 1875, restaurado para abrigar o Museu Padre Lima em 1996, contando a história de Itatiba e também funcionando como centro cultural – vale se informar sobre a abertura em tempos de pandemia.

Mercadao Municipal - Itatiba
Fachada do “mercadão” de Itatiba (Foto: divulgação/Circuito das Frutas)

Caminhando pelo Mercadão Municipal é possível encontrar produtos cultivados nos sítios da região e uma variedade de especiarias. E um dos passeios familiares mais tradicionais e famosos da cidade é o Zooparque, considerado o maior zoológico particular do país, que conta com cerca de 500 mil m² de área aberta, diferentes atrações, museu pré-histórico e ainda um restaurante. São mais de 1.200 animais de cerca de 180 espécies que vivem ali – não deixe de cumprimentar a nova moradora do local, uma girafinha nascida em setembro de 2020. Ingressos podem ser adquiridos on-line.

Próximo dali fica A Palhoça, restaurante rústico rodeado de jardins que serve aipim à pururuca e torresmo com geleia de pimenta, pratos de sucesso entre os clientes. E falando de comida de fazenda, a Fazenda Dona Carolina se destaca como um hotel-fazenda de alta qualidade e diversão garantida aos pequenos. Sediada em um casarão antigo, ali há a união da hotelaria de luxo de serviço ímpar com recreação infantil caprichada: os 100 hectares são aproveitados com atividades de aventura e a vivência com animais e flora é destaque tanto para os filhos quanto para os pais.

Itupeva (70 km de São Paulo)

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Pão de queijo e comidinhas de fazenda no café do Sítio Sassafraz (Foto: Arnaldo Celani)

Antigamente era um distrito de Jundiaí, mas a cidade foi emancipada em 1965 e tem hoje cerca de 62 mil habitantes. Produtora de uvas, morangos e pêssegos, é na verdade mais conhecida como a “Orlando brasileira”, guardadas suas devidas proporções, em razão do complexo SerrAzul. É no km 72 da Rodovia dos Bandeirantes que fica um dos polos de lazer mais famosos do país, que conta com o parque aquático Wet’n’Wild, o parque temático Hopi Hari, o centro de compras Outlet Premium e o Shopping SerrAzul – que passa por cima da Bandeirantes. Opções de curtição, restaurantes e lojas neste pedaço não faltam.

Apiario Nona Emilia
Mel extraído no Apiário Nona Emília, uma das opções de passeio da cidade (Foto: divulgação/Circuito das Frutas)

Mas não é somente às margens da rodovia que o município se destaca. Contando com uma extensa área rural, tão procurada em tempos de pandemia, Itupeva é lar do Apiário Nona Emília, localizado aos pés da Serra do Japi e que fornece há 33 anos produtos artesanais relacionados ao mel, com programação também para visitas pedagógicas. Mantendo a tradição, o Sítio Sassafraz garante o contato com a natureza dos pequenos e dos pais: há animais soltos pela propriedade, que serve café colonial aos finais de semana e trabalha no sistema “colha e pague”, em que o visitante pode colher frutas e verduras e levar para casa.

É pedida ideal para um bate e volta a partir da capital, mas caso queira pernoitar e descobrir mais a região, o hotel Intercity Itupeva dá conta de receber os hóspedes no centro da cidade, com quartos standard e café da manhã – além de aceitar pets.

Jarinu (76 km de São Paulo)

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Igreja Matriz da cidade ao entardecer (Foto: Saulo Tafarelo)

Suas paisagens bucólicas, chácaras cercadas de verde e vida mansa de interior fazem de Jarinu um município encantador para quem vem da pressa de São Paulo. A pequena cidade possui uma população de cerca de 30 mil habitantes e o centrinho, cortado por uma rua principal, possui padarias, comércio e desemboca na praça da Igreja Matriz – ponto de encontro da cidade, que possui até um coreto, e que foi totalmente remodelada após um raro tornado passar pelo município em 2016 .

É boa opção para passar uma tarde agradável de maneira simples e aproveitar atividades rurais, como pescar no Pesqueiro Pedra Branca e ainda degustar cachaças, licores e doces artesanais em alambiques, como o Zanoni, no centro, ou no Ferrara, mais afastado e que conta com laguinho com carpas e um engenho. No centro, a história da cidade, que data desde o início do século XIX, é relembrada no Centro Histórico e Cultural Divanir Vitório Contesini, passeio rápido que pode ser feito durante a semana – fechado aos finais de semana e feriados.

Para quem também quiser conhecer a região de Jundiaí no mesmo dia, no caminho para a cidade, na Estrada Municipal Natal Lourencini, há o Restaurante e Adega Beraldo di Cale, que faz parte da Rota da Uva e trabalha no sistema slow food – não deixe de experimentar a pizzela e as massas artesanais – em mesas ao ar livre. O empreendimento, que atrai muitos turistas da capital, também tem uma adega anexa, que vende vinhos da casa, drinks alcoólicos, compotas e doces.

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Jundiaí (57 km de São Paulo)

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Lojinha da Adega Santa Cecília, no Bairro do Traviú (Foto: divulgação/Circuito das Frutas)

Recheada de parques, restaurantes e patrimônios históricos-culturais, Jundiaí conta com mais de 400 mil habitantes e é conhecida como a Terra da Uva pela produção da uva niágara, pela forte presença da cultura imigrante e pelas suas 20 vinícolas e adegas. Anualmente a fruta é comemorada na Festa da Uva, com mais de 86 anos de história e que conta com inúmeras atrações, workshops e exposições no Parque da Uva entre os meses de janeiro e fevereiro.

A importância da fruta fez com que a cidade criasse um roteiro turístico próprio, a Rota da Uva, que abrange bairros fora do centro e propriedades de turismo rural, vendendo vinhos, sucos, doces, geleias, massas e pães caseiros. Além destes produtos, a Adega Santa Cecília, no bairro do Traviú, vende queijos da Fazenda Atalaia e oferece visitas guiadas às videiras. Já no bairro do Caxambu, restaurantes italianos fazem sucesso entre os visitantes: a Villa Brunholi tem restaurante, bar, adega e até um pequeno espaço cultural dedicado ao vinho; já o Spiandorello, com mesas ao ar livre e bosque em volta do lago, ótimo para famílias, serve desde 1958 o tradicional frango frito com polenta.

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Uma das quedas d’água da Serra do Japi, importante remanescente de Mata Atlântica no interior (Foto: divulgação/Circuito das Frutas)

Importante rota para escoamento do café, Jundiaí ainda guarda a memória ferroviária com o Expresso Turístico, passeio a partir da Estação da Luz, ou com o Museu da Companhia Paulista, com acervo relacionado à história da ferrovia – que tem previsão de reabertura para fevereiro de 2022. Cercada pela Serra do Japi, o remanescente de Mata Atlântica possui paisagens naturais exuberantes e é cheia de trilhas com bons pontos para apreciar o pôr do sol e rotas que desembocam em cachoeiras.

Pedida perfeita para um bate e volta com a família a partir da capital, Jundiaí também reserva interessantes acomodações caso queira passar mais tempo na região, como a famosa “casa do Hobbit”, propriedade temática para aluguel, e também o hotel com quartos padrão Quality Jundiaí.

Louveira (72 km de São Paulo)

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Parreirais e casa do Sítio Santa Rita, sede dos Vinhos Micheletto (Foto: divulgação/Circuito das Frutas)

Entre Jundiaí e Vinhedo, Louveira, de quase 50 mil habitantes, carrega junto das cidades vizinhas um histórico na plantação de uvas. Os pontos mais atrativos do tranquilo município são voltados ao turismo rural, a exemplo de sítios e vinhedos. Um dos mais conhecidos é o Vinhos Micheletto, que fica no sítio Santa Rita, com uma imponente casa principal. Por ali há a degustação e venda de vinhos, sucos e frutas da época, podendo-se visitar e agendar até um piquenique nos parreirais e ainda beliscar porções no quiosque – fique tranquilo em levar seu bichinho de estimação, já que a vinícola é pet friendly. Também na cidade, o Empório Cestaroli, que possui pés da uva niágara, faz passeios de trenzinho pela fazenda e oferece produtinhos artesanais para serem comprados e degustados.

Os fãs de bike encontram em Louveira um ótimo ponto para a atividade: são vários os encontros entre ciclistas que partem da capital para explorar as rotas do interior, sendo que um deles é a Trilha Bico da Abadia – rota entre Louveira e Jundiaí. E para saciar o estômago de uma maneira típica, o Restaurante Luiz Gonzaga, dentro de uma fazenda, serve massas e outros pratos em mesas também ao ar livre – almoço para um domingo sem pressa num espaço rústico.

Morungaba (103 km de São Paulo)

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Túnel de bambuzal que antecede entrada de Morungaba (Foto: reprodução/Facebook/Rodrigo Marques/Prefeitura Municipal Morungaba)

Convidativa a momentos mais tranquilos, seja em famílias ou casais, Morungaba tem cerca de 13 mil habitantes e é considerada uma estância climática desde 1994, com destaque para seu clima e a produção de uvas, figo, laranja e pêssego. Logo em sua entrada, o “túnel de bambu”, uma bonita sequência das plantas ao lado da estrada, já se tornou um atrativo fotogênico. Aos pés da Serra das Cabras e pertinho de Campinas, o pequeno município é conhecido por seus doces artesanais, como geleias, compotas, goiabada cascão, abóbora com coco, abacaxi com coco, entre outros, que podem ser experimentados na Doces David, loja no centro que funciona por ali há mais de quatro décadas.

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Doces artesanais do Doces David, tradicional na cidade (Foto: divulgação/Circuito das Frutas)

Logo ao lado, há a lojinha da Companhia das Ervas, que produz e vende especiarias, temperos, molho de pimenta, flor de sal e molhos caseiros. Também no centro, a Igreja Matriz chama atenção por sua fachada colonial brasileira e suas pinturas interiores, feitas pelas mãos do artista plástico sacro Cláudio Pastro. Um Cruzeiro também é uma das atrações: situado no topo de um dos morros da Serra das Cabras, o monumento tem cinco metros de altura e é cercado por figuras da Mãe Dolorosa e de São João Evangelista. Do local, que possui uma atmosfera mística e é acessado pelo Parque Ecológico Pedro Mineiro, pode-se observar um mar de morros, que criam um cenário peculiar.

Agradável para toda a família, o Stefano’s Fazenda é um restaurante convidativo a almoços sem pressa e com algumas atividades para a criançada, como ampla área ao ar livre e cavalgadas. Pela cidade, é comum também notar encontros dos amantes das duas rodas, sejam elas motos ou bicicletas, que fazem da cidade um importante ponto de parada.

Valinhos (82 km de São Paulo)

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Cidade é conhecida pela produção de figo roxo, que possui até sua versão envolta em chocolate na Casinha do Figo com Chocolate (Foto: divulgação/Circuito das Frutas)

Antigo distrito de Campinas, a cidade de Valinhos possui hoje uma população estimada em mais de 130 mil pessoas e ganha destaque no Circuito por ser a capital do figo roxo. Como outros municípios, a fruta possui seu próprio evento, a Festa do Figo, realizada anualmente entre janeiro e fevereiro, chegando a reunir uma média de 100 mil pessoas

Quando ocorre, a festa é um dos maiores tesouros turísticos da cidade, que oferece shows, leilões, parque de diversões e uma série de atrativos para todas as faixas etárias. Fora desta época, uma das atrações é a Igreja Matriz de São Sebastião, importante patrimônio histórico-cultural em estilo gótico-romano construído há mais de sete décadas e que possui vitrais com belas imagens religiosas com louvor à São Sebastião.

Muito simples, um típico programa local é ir à Casinha de Figo Com Chocolate – que fica num ponto alto, ótimo para apreciar o pôr do sol – e comer a coxinha de mandioca tradicional da cidade, além de, claro, o figo envolto numa casca de chocolate. Bem próxima à Campinas e Vinhedo, o roteiro pode ser combinado com outras cidades, em que opções de hospedagem podem ser feitas pelas outras regiões.

Vinhedo (75 km de São Paulo)

O nome da cidade já anuncia que ali a uva é protagonista na produção e na história do município – inclusive sedia as tradicionais Festa da Uva e do Vinho no Parque Municipal Jayme Ferragut anualmente entre março e abril. Com população de cerca de 80 mil pessoas, Vinhedo é conhecida por seus diversos condomínios de alto padrão e ótimo índice de qualidade de vida, que atrai muitos paulistanos para esta região de tranquilidade.

Logo na entrada da cidade os visitantes são recebidos pelo portal dos imigrantes, estrutura que homenageia imigrantes italianos estabelecidos na região. A trajetória deles por ali também é relembrada no Memorial do Imigrante Tuto Gasparini, que segue arquitetura de estilo romano, fazendo alusão à região italiana de Vêneto. O acervo conta com objetos e artefatos doados que evocam a vida e a memória dos imigrantes – aberto durante a semana.

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Vinhos e adega da Família Ferragut (Foto: divulgação/Circuito das Frutas)

Falando-se em uva, a Adega Ferragut é uma das mais conhecidas do município. Familiar, a lojinha vende vinhos e sucos da propriedade, um ótimo passeio rápido antes ou depois do almoço com a família. Visitas monitoradas às parreiras também ocorrem e devem ser agendadas. Seguindo a calmaria da cidade, o Mosteiro de São Bento é o local ideal para momentos de paz: uma construção moderna recebe os visitantes junto dos jardins, onde é possível acompanhar missas em canto gregoriano. Uma lojinha completa a experiência com alimentos e produtos para serem levados para casa.

E, quando a fome bate, nada melhor do que refeições caprichadas. O Cardeais Gastronomia, comandado por dois chefs irmãos, serve pratos refinados que envolvem carnes e frutos do mar – como costelinha em crosta de caju e camarões sicilianos – em um agradável ambiente com área aberta e fechada. Caso queira se acomodar pela cidade, o Vinhedo Plaza Hotel, a apenas cinco minutos do centro e de fácil acesso às rodovias, possui boa estrutura de lazer para adultos e crianças.