Cachoeiras e grutas: 10 locais imperdíveis do Parque Estadual do Ibitipoca, MG

O destino é o mais visitado do estado e fica próximo ao charmoso vilarejo de Conceição de Ibitipoca

Pico do Morro do Cruzeiro, entre o mar de montanhas, com uma espetacular paisagem no pôr do sol (Foto: Leonardo Costa/ibitipoca.tur.br)

Cachoeiras deslumbrantes, riachos de águas cor de mel e grutas para explorar. É por essas e outras maravilhas naturais que o Parque Estadual do Ibitipoca, localizado em Lima Duarte (MG), é conhecido. O patrimônio natural brasileiro corresponde ao parque mais visitado do estado, de acordo com o governo de Minas Gerais, e por ali é possível fazer trilhas, apreciar a fauna e a flora local e voltar para casa cheia de histórias incríveis.

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Ibitipoca é uma palavra tupi-guarani que significa “serra que estoura”, devido à grande ocorrência de raios e também em razão da grande quantidade de grutas. O parque estadual situa-se na Serra do Ibitipoca, ramificação da Serra da Mantiqueira. Cactos, orquídeas, candeias e bromélias são algumas espécies que florescem ao longo do caminho em razão da pluralidade de ecossistemas, como a mata atlântica, caatinga e cerrado. Espécies ameaçadas de extinção também estão presentes e apontam um cuidado maior com a fauna local, como o lobo-guará – astro da nota de R$200,00. A onça parda e o primata sauá, nativo da mata atlântica, também vivem pelas redondezas. 

No sudoeste de Minas, a pequena vila Conceição de Ibitipoca, que faz parte do município de Lima Duarte, corresponde ao ponto mais próximo do parque, distante cerca de três quilômetros dos portões principais. A entrada no parque é limitada, com número máximo de visitantes por dia (a depender dos circuitos) e possui uma taxa de admissão de R$20,00 em dias úteis e R$25,00 aos sábados, domingos e feriados. Por ali há também estacionamento para 50 veículos e área de camping com diárias por R$60,00. 

É importante ressaltar que o local tem aberto e fechado de acordo com as restrições locais em razão da pandemia de coronavírus. Vale a pena conferir previamente o funcionamento antes de planejar a ida ao parque, que opera com capacidade reduzida em tempos da Covid-19. Agora a visita é feita apenas com agendamento prévio e ocorre de acordo com a capacidade dos circuitos. 

Cachoeira dos Macacos, parte do Circuito das Águas, o mais tranquilo dos percursos e um dos mais concorridos (Foto: Leonardo Costa/ibitipoca.tur.br)

Circuitos:

Com os portões abertos e a aventura planejada, é hora de separar roupas confortáveis e se preparar para longas caminhadas em meio à mata. O parque é dividido em três principais circuitos: das Águas, do Pião e da Janela do Céu. Cada um possui diferentes extensões em quilômetros e graus de dificuldade.

O Circuito das Águas é o menor entre os três: são cinco quilômetros de extensão e cerca de cinco horas para se completar o percurso. Os atrativos são de fácil acesso, com grau de dificuldade de médio a baixo. Mirantes ao longo da trilha garantem paisagens lindas e foram instalados para a segurança e o conforto dos visitantes. 

De dificuldade média, o Circuito do Pião possui várias subidas ao longo de seus 10 quilômetros, fazendo com que o visitante gaste aproximadamente seis horas para completar o trajeto todo. Grutas, cachoeiras e picos fazem parte do caminho. 

Por último, o Circuito da Janela do Céu é o mais extenso e de maior grau de dificuldade. São 16 quilômetros de extensão que levam cerca de oito horas para serem percorridos. O cansaço, porém, é recompensado com as atrações naturais, como a famosa Janela do Céu.

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Pontos imperdíveis:

Lago dos Espelhos

Lago dos Espelhos, ótimo local para iniciar o passeio no parque (Foto: Evandro Rodney)

É um ótimo local para começar a explorar o parque. O acesso por trilha fica a cerca de um quilômetro do restaurante e é um dos melhores lugares para se banhar. A leve queda d’água garante boas nadadas aos visitantes, que enfrentam águas geladíssimas, mas que renovam qualquer um. Há ainda uma faixa de área que pode ser utilizada para descansar. 

Cachoeira dos Macacos

Queda d’água da Cachoeira dos Macacos (Foto: Leonardo Costa)

Parte do Circuito das Águas, com trilhas bem sinalizadas em inglês e português, a Cachoeira dos Macacos é uma parada obrigatória. A cachoeira fica num local belíssimo, rodeado de vegetação. A água é gelada e ótima para se refrescar nos dias de calor. No geral, é um ótimo ponto para se banhar, bronzear e ainda apreciar a natureza. 

Cachoeira Pedra Furada

Cachoeira Pedra Furada, que leva o nome em razão peculiar formação rochosa no seu entorno (Foto: Evandro Rodney)

A cachoeira é um dos pontos turísticos mais recentes do parque, aberta desde 2019 para visitação como parte de uma nova trilha do Circuito do Pião. A trilha possui cerca de um quilômetro de extensão e ajuda a desafogar o fluxo de visitantes em direção à Janela do Céu. A queda d’água é super fotogênica e é ótima para se banhar nas águas cor de bronze da região.

Gruta do Monjolinho 

Formação rochosa e água no interior da Gruta do Monjolinho (Foto: Leonardo Costa/ibitpoca.tur.br)

A atração é parte do Circuito do Pião, de dificuldade média. Ali, a formação rochosa junto da água imprime um ar misterioso à gruta, em que, em determinados períodos, é possível mergulhar e parar dentro da caverna. Bem iluminada, a gruta possui uma abertura superior que deixa a luz passar. É possível escutar o som da água caindo, deixando o ambiente ainda mais agradável. 

Janela do Céu

Detalhe do viajante tirando fotos na Janela do Céu: atração é parada obrigatória do parque (Foto: Leonardo Costa/ibitipoca.tur.br)

Visita obrigatória para qualquer um que queira conhecer a fundo as belezas naturais do país. É uma das atrações mais procuradas e conhecidas do parque, mas a trilha exige certo preparo físico. Os 16 quilômetros de percurso possuem visuais de tirar o fôlego e, chegando lá em cima, na cachoeira da Janela do Céu, todo esforço é recompensado. A beleza única deixa qualquer um maravilhado e garante fotos lindas. 

Ponte de Pedra

Ponte de Pedra, formação rochosa no parque com curso d’água embaixo (Foto: Leonardo Costa/ibitipoca.tur.br)

Como o próprio nome diz, a atração é como uma ponte que foi esculpida pelo tempo, formando uma espécie de arco, em que o rio passa por baixo. O local está dentro do Circuito das Águas e é uma interessante formação rochosa, um tipo de gruta aberta. Ótimo para contemplar o que a natureza fez por milhares de anos.

Gruta dos Coelhos, bem próxima à entrada do parque (Foto: Evandro Rodney)

Gruta dos Coelhos
É a primeira gruta que os visitantes se deparam ao chegar no parque, ficando perto do estacionamento. Possui um trajeto pequeno, em que há duas entradas/saídas e é ideal para as crianças se divertirem e aprenderam logo de cara informações sobre as formações rochosas. 

Gruta dos Moreiras

 

Parte iluminada da Gruta dos Moreiras, que possui uma grande extensão sem luminosidade (Foto: Leonardo Costa/ibitipoca.tur.br)

Parte do Circuito da Janela do Céu, a gruta possui uma grande extensão, com entrada formada por rochas enormes. Seu interior é escuro (esteja bem preparado com lanternas potentes), mas o esforço compensa a luminosidade encontrada do outro lado. Vale desviar um pouco o trajeto para conhecer a gruta e se maravilhar com os mistérios de seu interior!

Pico do Pião

Ruínas no Pico do Pião, com vista privilegiada para todo o entorno (Foto: Leonardo Costa/ibitipoca.tur.br)

Ápice do Circuito do Pião, o pico possui uma vista linda, em que é possível avistar toda a serra do alto em 360 graus. A maioria dos visitantes relatam que a caminhada é puxada, mas que todo o caminho e a paisagem compensam. Vá preparado e tire fotos junto de algumas ruínas do local. 

Prainha

Areia branca e água cor de bronze da Prainha (Foto: Leonardo Costa/ibitipoca.tur.br)

O ponto turístico leva esse nome por conta de seu visual: a água cor de Coca-Cola contrasta com a areia branquinha, deixando com cara de uma pequena praia. Parte do Circuito das Águas, a Prainha é de fácil acesso através de uma trilha tranquila. Há até um pequeno deck em que é possível atravessar e avistar paisagens.