Veneza cobrará turistas e exigirá reservas para conter multidões

Autoridades se preparam para cobrar de 3 a 10 euros dos visitantes. Catracas como as dos aeroportos estão sendo testadas para controlar fluxo de pessoas

Cidades pitorescas como Veneza (acima) e as belíssimas paisagens rurais fazem parte do fascínio da Itália.
Cidades pitorescas como Veneza (acima) e as belíssimas paisagens rurais fazem parte do fascínio da Itália. Getty Images

Silvia AloisiAlex Fraser

(Reuters) Para combater a superlotação turística, as autoridades estão monitorando cada pessoa que coloca os pés em Veneza, na Itália. Um total de 468 câmeras de circuito fechado, sensores óticos e um sistema de rastreamento de telefone celular são capazes de discernir moradores de visitantes, italianos de estrangeiros, de onde as pessoas vêm, para onde vão e o quão rápido estão se movendo.

A cada 15 minutos, as autoridades tiram um retrato do quão cheia a cidade está, assim como de quantas gôndolas estão circulando pelo Canal Grande, se barcos estão correndo e se as águas sobem em níveis perigosos.

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Agora, um mês depois de navios de cruzeiro serem banidos da laguna, autoridades municipais estão se preparando para exigir que os turistas agendem suas visitas previamente e para cobrar de 3 a 10 euros para os visitantes de um dia entrarem, dependendo da época do ano. Catracas como as dos aeroportos estão sendo testadas para controlar o fluxo de pessoas e, caso os números se tornem excessivos, impedir o ingresso de novos visitantes.

O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, diz que sua meta é tornar o turismo mais sustentável em uma cidade visitada por 25 milhões de pessoas por ano, mas reconhece que as novas regras serão difíceis de impor.

“Espero protestos, processos, tudo… mas tenho o dever de tornar esta cidade habitável para aqueles que moram nela e também para aqueles que querem visitá-la”, disse ele a repórteres estrangeiros.