Vamos embora para Bogotá: o que fazer por lá?

Quem gosta da vida urbana, com um pouquinho de trânsito, prédios e casas históricas, provavelmente se apaixonará pela capital colombiana. A cidade abriga resquícios de um passado superinteressante e oferece aos turistas um roteiro enriquecedor. Seu território é o maior do país e toda a área urbana é cercada pela famosa Cordilheira dos Andes. Confira o que há de imperdível para quem tem pouco tempo na cidade 

Turismo

Centro histórico
O bairro da La Candelaria, localizado na região central, é o mais antigo de Bogotá e oferece inúmeras atrações históricas aos turistas. A maioria das casas é do período colonial e muitas delas receberam restaurações e ganham os olhos e a atenção de quem passa. As ruas, feitas de paralelepípedos, te levam a diferentes pontos. O tour tem início na Plaza de Bolívar – palco das principais manifestações sociais e políticas do país. Lá, em um ângulo de 360 graus, é possível observar diversos prédios públicos – como a Catedral Primada de Bogotá, o Congresso da República da Colômbia, o Palácio da Justiça e Palácio Arzobispal.

O Congresso da República da Colômbia, no Plaza Bolívar (Foto: Carol Fiacadori Lima)

Museo Del Oro
Aproveite a ida ao Centro Histórico e vá ao Museu do Ouro, um dos mais emblemáticos da Colômbia. Você caminhará por poucos minutos e é possível realizar a visita no mesmo dia. Como o nome diz, é totalmente dedicado ao mineral e sua exposição explora a história desde os tempos pré-colombianos até os dias de hoje. Atualmente, conta com mais de 50.000 objetos expostos e alguns deles também são feitos de prata e cobre.

Dica: tome um café na premiada Cafeteria San Alberto, localizada no subsolo do museu. A Colômbia possui diversas e boas regiões cafeeiras e por isso, os produtos feitos no país são de extrema qualidade.

Algumas peças do acervo do Museu de Ouro, em Bogotá (Foto: Carol Fiacadori Lima)

 

Cerro de Monsserrate
É uma das paradas obrigatórias quando se vai à Bogotá. O monte está localizado a 3.152 metros acima do nível do mar e o visual que se tem da cidade é realmente incrível. Por isso, tornou-se um símbolo da capital. Seu acesso é feito de três maneiras: teleférico, funicular ou trilha a pé. O teleférico reserva uma paisagem linda, com a mata bem abaixo de seus pés e a subida é bastante íngreme, mas vá sem medo – vale a pena! O funicular, uma espécie de trenzinho, também atravessa as árvores, mas seu funcionamento é apenas no período da manhã. Já a trilha a pé abriga diversos peregrinos que pagam promessas, já que estão indo à igreja localizada no topo. O Monsserrate possui uma vegetação ampla, conta com dois restaurantes e diversas barracas – onde é possível adquirir souvenirs tradicionalmente colombianos.

A Bogotá vista de cima (Foto: Carol Fiacadori)

Dica: vá bem agasalhado, pois como está localizado em um nível muito acima do mar, o vento é intenso e bem gelado.

Catedral do Sal
Bogotá é como se fosse uma São Paulo e tem algumas cidadezinhas ao seu redor. Zipaquirá é uma delas e abriga uma das principais atrações turísticas da Colômbia, a Catedral do Sal. Essa igreja é subterrânea e foi construída nas minas de sal e, como o nome diz, toda sua estrutura é feita com esse minério. O tour se inicia em um corredor que é cercado por eucaliptos e eles não estão lá à toa, têm uma função: absorvem a umidade do ar e as infiltrações de água. Ao todo, o passeio conta com 14 etapas, até chegar à Basílica principal, e são dedicados à representação da passagem de Jesus pela terra até a sua ressurreição. Depois de passar por todos esses cursos, você chega ao ponto alto da caverna: a cruz gigante, esculpida dentro da parede de sal, localizada na cúpula central. Durante o trajeto, é possível visitar cúpulas menores, com bancos de madeiras e que recebem missas. É um passeio muito interessante para cristãos e não-cristãos, pois a estrutura é realmente algo impressionante.

Dicas: vá com sapato confortável e emborrachado, pois o piso é desnivelado e há riscos das pessoas caírem. Se agasalhe, a estrutura é gelada e está embaixo da terra. Se quiser comprar souvenirs feitos com sal lá é o lugar e, além disso, tem uma tenda com produtos naturais (feitos também com o mineral) para tratamentos estéticos.

A cruz gigante na Catedral do Sal, em Zipaquirá (Foto: Carol Fiacadori Lima)

Vale lembrar: não se assuste se ficar muito cansado durante as caminhadas, é normal devido à altura em que Bogotá está localizada.

O túnel feito de eucaliptos para a entrada na Catedral do Sal, em Zipaquirá (Foto: Carol Fiacadori Lima)

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Gastronomia

Restaurante Casa San Isidro

Camarones Holandeses, do Casa San Isidro (Foto: Carol Fiacadori Lima)

Aproveite a ida ao Monserrate e almoce por lá. O San Isidro não é um restaurante de comida tradicionalmente colombiana, e sim, francesa. Mas mesmo assim vale cada minuto. Ele está localizado em um casarão do século XIX e está no monte há 40 anos. Peça para ser atendido pelo Octavio, um simpático garçom que trabalha na casa há 30 anos e conhece cada detalhe do cardápio. Na hora das entradas, não deixe de pedir o “Camarones Holandeses”, camarões com molho holandês – o mesmo dos ovos beneditos – acompanhados por pequenas esferas de melancia que dão um sabor a mais ao prato; e também o “Boulettes d’Homard”, que são uma espécie de trouxinhas crocantes recheadas com arroz, lagosta e vegetais. Na hora dos principais, saiba que a Lagosta com Escargot e purê de batatas é o prato mais antigo da casa, mas o fettuccine com frutos do mar e molho rosè também é uma boa pedida. Escolha um bom vinho e aprecie a vista, é realmente indescritível. Se quiser um ar mais romântico prefira a varanda.

Restaurante Segundo
Está localizado na famosa “Zona T” de Bogotá. É uma região superbadalada da cidade e abriga diversos restaurantes, bares e casas noturnas. Portanto, é um lugar moderno, com cardápio contemporâneo e bem agitado. A cozinha é toda aberta e conseguimos observar os preparos de pertinho. As opções do menu são enxutas, mas bem divididas. As tapas são as sugestões para compartilhar e dentre elas, pedimos os aspargos crocantes acompanhados de maionese de wasabi e soja; e a carne cruda, levemente braseada com carvão, recheada com manga verde. Nas entradas, valem a pena o ceviche de pescado e salada de quinoa com abacate. Os pratos principais são divididos em seções, como carnes, aves e pescados; arrozes e massas – a grelha é algo forte por lá e por isso, os cortes bovinos têm boa qualidade. Finalize com uma postre, como eles chamam a sobremesa por lá, pode ser o mousse de chocolate – que vem em um vasinho, remetendo à terra. Tome alguns drinques, saídos do bar com pé direito alto, ou aprecie um vinho tinto.

Arroz cremoso de alcachofra com cogumelos desidratados, do Segundo (Foto: Carol Fiacadori Lima)

Dica: finalize o jantar e aproveite o bairro. É extremamente movimentado e iluminado, procure algum bar mais animado ou até mesmo uma balada e ouça um belo reggateón, o famoso ritmo colombiano.

*A jornalista viajou a convite do novo hotel Grand Hyatt Bogotá

*Importante: a Colômbia exige o Certificado Internacional de Vacinação contra a Febre Amarela. Não é possível adentrar ao país sem estar com a vacina em dia. É necessário tomar com 10 dias de antecedência