Jerusalém, a mágica cidade santa em Israel

Jerusalém é muito mais que uma cidade histórica, é a capital sagrada para três religiões. Abriga importantes símbolos que escreveram a história mundial. Seja pela sua herança histórica ou por sua importância religiosa, é um dos destinos mais fascinantes do mundo.

Jerusalém é muito mais que uma cidade histórica, é a capital sagrada para três religiões. Abriga importantes símbolos que escreveram a história mundial. Seja pela sua herança histórica ou por sua importância religiosa, é um dos destinos mais fascinantes do mundo.

Jerusalém, Israel – Uma das mais antigas cidades do mundo, Jerusalém é a capital de três religiões, não à toa é um dos lugares mais disputados do mundo. Desde a sua fundação, em 3.000 a.C., foi destruída duas vezes, sitiada 23, atacada 52 e capturada e recapturada outras 44. A convivência de diferentes culturas e religiões, somada à sua história dura de guerras, mostra porque Jerusalém é uma das cidades mais disputadas e em estado de alerta constante. E, também, uma das mais interessantes.

E tem mais. Para os cristãos ainda está na cidade: o Cenáculo (local da Última Ceia), os dois possíveis locais da crucificação de Cristo: a Igreja do Santo Sepulcro (considerado pela maioria dos cristãos) e o Monte Gólgota, no Jardim do Túmulo (para uma pequena parte); o Monte das Oliveiras (ressureição) e a Via Crucis ou Dolorosa, onde Jesus passou carregando a cruz.

Igreja do Santo Sepulcro, no coração da Cidade Velha, em Jerusalém

O Rei David conquistou Jerusalém 3 mil anos atrás e a estabeleceu como capital do seu reino. O primeiro Templo (1200-586 a.c) foi construído pelo Rei Salomão, filho do Rei David. Já o Segundo Templo  (586 BC-AD 70) marca a volta dos Judeus para Jerusalém depois de vários anos no exlio na Babilônia. Hoje, o que sobrou destes templos é sua muralha ocidental (Kotel em hebraico), que atrai milhares de peregrinos judeus, a qual conhecemos como Muro das Lamentações (Western Wall em inglês). As pessoas rezam de frente para o Muro como reverência aos templos que ali estavam e que guardava a arca da aliança, considerada a representação física de Deus na terra. Ela foi construída por Moisés seguindo as ordens de Deus.

Para os muçulmanos, o Monte representa o local da Ascenção de Maomé (Cúpula da Rocha que fica em cima da Pedra Fundamental) e do sacrifício de Isaque. Este lugar é chamado de Esplanada das Mesquitas, onde fica a de Al-Aqsa e a Cúpula da Rocha, o Domo Dourado (sec. VII).

Parece muita informação? E é. A concentração de história na cidade é tão grande, que uma visita será pouco para conhecer e, principalmente, absorver tudo.

Mesquita de Al-Aqsa

Jerusalém é a segunda maior cidade de Israel (Tel Aviv é a maior) e a cidade antiga, cercada pelas muralhas, é dividida em quatro bairros, separados pela religião: armênios, cristãos, judeus e muçulmanos. O mais conservado deles é o bairro judeu, logo à esquerda, subindo do Muro das Lamentações.


A melhor vista do Monte do Templo onde fica o Muro das Lamentações, um pátio no topo das casas, no bairro judeu

O que fazer em Jerusalém

  • Visitar as 13 estações da Via Dolorosa ou Crucis, rota na qual acredita que Jesus carregou a cruz. Ela começa no Porta de Leão e vai até a Igreja Santo Sepulcro. Dica: em várias lojas é possível comprar o livreto, inclusive em português, que explica a passagem em cada estação;
  • Igreja do Santo Sepulcro;
  • Monte das Oliveiras;
  • Muro das Lamentações (Kotel ou Western Wall);
  • Túneis do Muro das Lamentações (Western Wall Tunnel): passeio incrível (somente com hora marcada) dos túneis da cidade anciã e parte das primeiras construções da muralha de 3 mil anos;
  • Visitar todos os Portões da Cidade Velha. Dos oitos portões, apenas o Portão da Misericórdia (fechado há séculos e por onde o Messias retornará) não dá acesso à cidade, todos os outros estão aberto. Aqui, uma matéria bacana sobre os portões!
  • Museu Yad Vashem – Memorial do Holocausto. Impactante e emocionante, é mandatória a visita para quem vai pela primeira vez a Israel;
  • Shopping Mamilla. Descolado, tem várias opções gastronômicas e lojinhas, tudo em pedras brancas;
  • Caminhar pelo souk. Até aprender andar pela cidade antiga, vale ter um guia, pois é muito fácil se perder nas dezenas de lojas do centro antigo;
  • Jardins do Getsêmani e Igreja de Todas as Nações;
  • Centro Davidson & Parque Arqueológico de Jerusalém;
  • Sinagoga Hurva, no bairro judeu da antiga Jerusalém;
  • Museu de Israel;
  • Knesset – Parlamento;
  • Caminhar pelas ruas Nahalat ShivaBen Yehuda, lindos bairros da cidade;
  • Museu da Torre de David.
Vista do Monte das Oliveiras

Famoso e importante ponto na capital de Israel para as três religiões, o Monte das Oliveiras possibilita ver a Jerusalém antiga e suas camadas de construções históricas, que mostram a riqueza arquitetônica da Cidade Antiga, Patrimônio Nacional da UNESCO. A vista deixa claro o contraste do antigo com os edifícios novos ao fundo.

Mais passeios, se tiver tempo:

  • Museu Terras da Bíblia
  • Cidade de David
  • Zoológico Bíblico, programa imperdível para criançada
  • Museu Burnt House
  • Janelas Chagall na Sinagoga do Centro Médico Hadassah em Ein Karem
  • Grande Sinagoga
  • Campus da Universidade Hebraica de Jerusalém
  • Sinagoga Italiana
  • Jardim Botânico de Jerusalém
  • Museu de Arte Islâmica L. A. Mayer
  • Mercado Machane Yehuda
  • Mea Shearim
  • Museu Menachem Begin Heritage Center
  • Monte Herzl
  • Monte Zion
  • Ramparts Walk na Cidade Velha
  • Museu Old Yishuv Court
  • Suprema Cort

Curiosidade: Jerusalém é a única cidade no mundo que tem “70 nomes”, entre elas: Cidade de Davi, Jebus, Moriá, Cidade do Altíssimo, Cidade do Grande Rei, Cidade Santa, Cidade Eterna, Salem, entre muitos outros.


Fotos: Acervo Pessoal