Grande Muralha terá mural da vergonha após vandalismo no 1º dia após reabertura

Turista foi pego riscando as pedras do principal monumento da China com uma chave

Maggie Hiufu Wong, da CNN

A seção Badaling da Grande Muralha, em Pequim, China
A seção Badaling da Grande Muralha, em Pequim, China
Foto: Kevin Frayer/Getty Images

Após dois meses fechada por conta do coronavírus, a seção Badaling da Muralha da China (a mais popular entre os turistas), a 70 km de Pequim, foi reaberta ao público no dia 24 de março. Nesse mesmo dia, um visitante foi pego riscando as pedras do principal ponto turístico chinês com uma chave.

A notícia viralizou, enraivecendo os internautas chineses. Em resposta, o gabinete que administra as zonas turísticas do monumento implementou nesta segunda-feira (6) uma série de medidas disciplinares. Entre elas, um “mural da vergonha”.

Turistas malcomportados serão adicionados a uma lista negra, divulgada ao público para “aumentar o cuidado e pressionar [os turistas] com a opinião pública”, diz o anúncio do órgão em publicação no Weibo, principal rede social chinesa.

Os infratores também enfrentarão restrições para comprar ingressos pela internet para a Muralha, embora a pasta não especifique quais serão.

O governo municipal de Pequim declarou que considera banir os turistas que estiverem nesse “mural da vergonha” de entrarem em outras atrações turísticas no distrito de Yanqing, onde fica a seção Badaling.

“A epidemia já feriu a indústria do turismo o suficiente, tornando o vandalismo da Grande Muralha ainda mais inadmissível”, diz uma coluna no jornal estatal Beijing Youth Daily.

Essa não é a primeira vez em que a China cria uma medida semelhante.

Os parques em Pequim também já baniram vândalos. No último festival Qingming —tradicional evento anual, em que os chineses limpam os túmulos de seus antepassados—, uma tecnologia de reconhecimento facial foi usada para impedir que esses visitantes entrassem nos locais.