Após ser preso, turista pedirá perdão a hotel tailandês que criticou na internet
Americano foi detido por difamação após avaliação negativa de resort. Solto após fiança, ele divulgará desculpas para encerrar processo de pena de até 5 anos
Um hotel na Tailândia concordou, nesta sexta-feira (9), em retirar as acusações contra um hóspede americano que poderia pegar até cinco anos de prisão por postar avaliações negativas sobre o estabelecimento na internet.
A condição é que o turista emita um pedido público de desculpas por seus comentários. Ele se comprometeu a formular o comunicado e encerrar o processo.
O hotel Sea View Resort, na ilha turística de Koh Chang, entrou com uma queixa contra o professor americano Wesley Barnes em agosto, depois que ele postou o que o hotel disse serem descrições falsas e difamatórias.
Segundo os relatos sobre o caso, Barnes discutiu pela cobrança de uma taxa de de 500 baht (cerca de R$ 89) por ter levado uma bebida própria ao local.
A polícia tailandesa deteve Barnes sob as leis de difamação criminal e crimes de informática por dois dias em setembro antes de ele ser libertado sob fiança.
“Sob condições de que o Sr. Barnes mostre sua sinceridada e assume total responsabilidade pelo que aconteceu e remedie a situação, o hotel terá o prazer de retirar as acusaçoes”, disse o hotel Sea View Koh Chang em um comunicado enviado à agência Reuters.
O caso trouxe um novo debate sobre as leis de difamação e crimes de informática da Tailândia, que ativistas de direitos humanos consideram muito severas e radicais.
Segundo as leis, Barnes poderia ser multado em até 100 mil baht (cerca de R$ 17 mil) e ser preso por até cinco anos.
O hotel deseja que Barnes envie declarações à mídia, à Autoridade de Turismo da Tailândia, à Embaixada dos EUA e ao site do Tripadvisor neste mês, se desculpando e explicando que suas críticas negativas foram escritas com raiva.
O hotel disse que Barnes concordou. Ele disse à agência Reuters que fará um comunicado.
“Estou enviando um e-mail para muitos meios de comunicação”, disse Barnes. Ele se recusou a dar mais detalhes.