Islas Secas: ilha isolada com hotel de luxo e muita aventura no Panamá

Arquipélago isolado abriga resort que une requinte e sustentabilidade

Islas Secas Resort, resort de luxo em ilha isolada no Panamá é ótima opção para refúgio na natureza (Foto: divulgação)

Por Cesca Civita*

Junte um resort de luxo com uma ilha isolada paradisíaca e você terá o destino dos sonhos. Assim é o Islas Secas, resort que fica na ilha principal de mesmo nome em um arquipélago com 14 mini ilhas a cerca de 20 milhas da costa oeste do Panamá. A instalação é a única do local, o que confere exclusividade e uma verdadeira imersão na natureza e no luxo sustentável. O clima íntimo, a cortesia dos funcionários e a preocupação com os mínimos detalhes com certeza chamam atenção.

Descobri o hotel por acaso, por conta de uma conexão na Cidade do Panamá para voltar de St. Barths para São Paulo. Devido ao lockdown geral na cidade, resolvi buscar um lugar próximo para ficar durante dois dias à espera do resultado do teste PCR para embarcar. Assim, deparei-me com o Islas Secas, que me atendeu primeiramente com uma hospitalidade ímpar pelos meios digitais, e acabei optando por ir para lá.

Bangalôs à beira da piscina com vista estonteante para o mar azul (Foto: Cesca Civita)

Para chegar na ilha, viajamos cerca de uma hora em um barco e me apaixonei pelas paisagens ao longo do caminho, com as águas cristalinas do Pacífico dando suas caras. Já no hotel, fui surpreendida a cada momento. O serviço é impecável, com um atendimento cortês, discreto e super eficiente. A maioria da equipe é ambientalista, então segue uma linha ecologicamente consciente. São pessoas apaixonadas, que conhecem a história e a ecologia do lugar, e parecem genuinamente entusiasmadas em compartilhar tudo com os hóspedes. É surreal o quanto eles mimam – na medida! – e fazem de tudo para que a gente se sinta em casa.

Esse clima bem íntimo é proposital. O dono é o investidor americano Louis Bacon – filantropo ambiental que já morou lá e quis manter a atmosfera caseira nos detalhes para que todos pudessem sentir o conforto do ambiente e usufruir de suas ideias em relação à preservação da natureza.

Energia solar, resíduos alimentares reciclados e águas residuais reutilizadas para irrigação são apenas algumas iniciativas dele que permanecem no hotel, além do bom gosto impresso em cada canto.

Estruturas de madeira dão tom sereno e luxuoso ao hotel (Foto: divulgação)

Acomodações privativas

O resort é dividido em “casitas”, como são chamadas as acomodações privativas. Todas têm estilos bem diferentes uma das outras e cada cantinho é apaixonante: desde os espaços que mesclam o interior com o exterior até as lindas piscinas em alguns dos quartos maiores.

Eu fiquei na “casita” menor, que é quase uma cabana e lembra um mood safári. Paredes de madeira deixam a luz do sol percorrer o quarto e a brisa do mar ajuda a refrescar os dias quentes. Também há ventilador de teto e ar condicionado para dormir tranquilamente, assim como cadeiras e sofás que garantem mais conforto.

As vistas de todas as acomodações são deslumbrantes, com a natureza ao redor e o mar do Pacífico proporcionando um encontro único. As acomodações ainda contam com terraços privados e duchas exteriores.

Apesar de acomodar até 24 hóspedes, durante os dois dias que fiquei por ali havia apenas 13 deles, detalhe que adorei por conta da exclusividade do local e do máximo cuidado com as dependências.

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Comer e beber bem

O único e principal restaurante do hotel é o Terrazza, que serve comida clássica de praia – fresca, local, saudável e simples. Muito peixe, vegetais crocantes e frutas tropicais podem ser consumidos por ali. A cozinha é comandada pelo chef panamenho Alexander Hey Rojas, que colhe grande parte de seus produtos nos próprios jardins do resort, onde crescem cocos, mangas, bananas, abacaxis e cajus. Todos os frutos do mar são comprados de pescadores locais.

Além disso, dentro do restaurante há um bar com inspiração no estilo Hemingway: há mapas históricos e arte local nas paredes, assim como uma aconchegante sala de jogos que abriga uma biblioteca e artefatos arqueológicos da região. Perfeito para ler um livro e experimentar o rum local.

Há três coisas que achei incríveis e que fogem um pouco de tudo que já vi em outras viagens. Primeiro, no quesito gastronomia, você basicamente pode comer o que você quiser. Dá até para ignorar o cardápio, pois eles criam pratos especiais a partir de seus ingredientes favoritos. Segundo que o all inclusive realmente inclui tudo mesmo, uma vez que não há outros restaurantes e atrações na ilha. E terceiro, na parte de passeios, não há necessidade de agendamento prévio para nada! Você pode acordar sem planos e fazer qualquer atividade ao longo do dia.

A piscina central possui borda infinita com vista espetacular para o mar e as paisagens ao redor (Foto: divulgação)

Atividades imperdíveis

Opção é o que não falta no Islas Secas. É possível visitar as outras ilhas do arquipélago, pescar, fazer piquenique, andar de caiaque ou stand up, fazer mergulho ou snorkel, passear para ver golfinhos ou baleias jubarte migratórias – entre os meses de julho e outubro – ou simplesmente relaxar na praia de águas quentes e cristalinas.

Além disso, dentro do hotel, o recomendado é aproveitar o spa, que é totalmente ao ar livre, e a biblioteca, equipada com opções para leitura e jogos.

Também pode-se visitar o Parque Nacional Coiba, reserva marinha situada na costa do Pacífico, na ilha de Coiba, onde são promovidas atividades ecológicas e esportes aquáticos. É a maior ilha da América Central e um Patrimônio Mundial da Unesco.

Seja para casais aventureiros que amam praia ou para famílias que querem unir passeios e calmaria, Islas Secas é um destino que vale muito a pena conhecer, digno de estar na sua lista de desejos!

*Cesca Civita é criadora de conteúdo digital, formada em Global Marketing Management pela Regents University de Londres, cidadã do mundo e apreciadora do inédito