Guia Milão 2017: Bosco Verticale

A preocupação ecológica fez surgir duas torres que mudaram o horizonte de Milão: o Bosco Verticale (Bosque Suspenso/Vertical). O condomínio, composto por dois prédios residenciais sustentáveis, conquistou o prêmio internacional Highrise, o “Nobel” da arquitetura dedicada aos arranha-céus, transformando o modelo em referência de reflorestamento urbano, de forma vertical.

De longe, dois pontos verdes ecoam no céu milanês: duas torres de 110 m e 76 m de altura, em Porta Nuova, perto do centro da cidade. O projeto do Boeri Studio, dos parceiros Stefano Boeri, Gianandrea Barreca e Giovanni La Varra, buscam fomentar a biodiversidade. Na prática, também fortalece a arborização da grande metrópole.

Os prédios se assemelham a troncos de árvores, onde os apartamentos são as bases que sustentam 900 árvores e mais de 20 mil espécies diferentes de plantas, entre arbustos e florais. Se tivesse sido construída de forma linear, a floresta vertical se igualaria a uma área de 7 mil m², uma área maior que de um campo de futebol.

O sistema de vegetação do prédio contribui com a construção de um microclima, produzindo oxigênio e umidade, absorvendo CO² e partículas de poeira, além de uma redução de temperatura de até 3 graus centígrados. Com sistema de irrigação computadorizado, não há necessidade do morador ter que regá-las.

Além de ser um marco para a paisagem de Milão, o projeto está sendo exportado como aposta do futuro arquitetônico, onde
as áreas verdes estarão em plena harmonia com os prédios.

Novos bosques estão planejados para chegar, pelo menos três, à China e outro à França