Onde comer em Lima, no Peru

Lima é a capital do Peru e a capital gastronômica da América Latina, tamanha a concentração de premiados na cidade. Em um país riquíssimo em variedades de vegetais, legumes e peixes, a diversidade é refletida nos pratos, que resgatam a cultura dos índios pré-colombianos. Na cozinha peruana também é possível perceber a forte influência das culinárias italiana, chinesa e japonesa. 

Quem for para Lima atrás de uma viagem gastronômica vai precisar de mais tempo do que se imagina, já que são muitas opções irresistíveis. Não dá para falar na culinária peruana sem falar no restaurante Central, do chef Virgílio Martinez, que ficou por anos no topo de melhor da América Latina. Com sua cozinha que representa as diversas altitudes do país, Martinez angariou uma série de prêmios e desde então recebe uma romaria de foodies. Hoje, a posição de n°1 da lista Latin America’s 50 Best Restaurants (aqui da revista The Restaurant) é ocupada pelo nikkei Maido, onde o chef Micha prova porquê as gastronomias peruana e japonesa são complementares em um menu autoral, valorizando os ingredientes do Peru.

Quer saber o que visitar Lima?

Já o Osso Carniceria y Salumería, de Renzo Garibaldi, como o próprio nome diz, tem a carne como seu personagem principal. E o célebre Astrid y Gastón, do casal percursor Gastón Acurio y Astrid Gutsche, que colocou o Peru no radar gastronômico mundial. E a lista não para por aí. La Mar, Malabar, Fiesta, Osaka e Amaz também ganham destaque. Ou não estrelados como os tradicionais El Mercado, Rosa Náutica e Huaca Pucllana. Ou seja, mais de uma visita será necessária para desbravar esta nova capital gastronômica da América Latina.

Quer saber por onde começar?

Se planejar com antecedência, já que as reservas são disputadíssimas, o Central, Maido e Rafael não podem faltar na lista.

Nhoque com queijo de cabra do Rafael (foto: Rodrigo Zorzi)

O chef Rafael Orlerling já foi advogado e considerou a carreira diplomática antes de descobrir sua real vocação. Para a nossa sorte. O restaurante Rafael fica em uma linda townhouse Art Decó, em Miraflores, e é uma verdadeira celebração a diversidade da gastronomia peruana. Seu menu tem influências da culinária italiana, asiática e japonesa, combinando com a cultura e ingredientes locais. Será difícil se contentar com uma opção, mas o gnhocci de queijo de cabra e ricota ($44) e o foie gras assado ($78) são inesquecíveis.

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Descontraído e aconchegante, o Isolina Taberna Peruana oferece uma viagem pela diversidade culinária e regional do Peru, muito além do ceviche, no melhor estilo de comfort food. Novidade gastronômica em Lima, já está entre os 50 melhores da América Latina (41°). Decoração simples e comida com generosas porções para compartilhar, como o lomo saltado, prato com carne, legumes salteados e batatas fritas ($55 pesos), ou a batata recheada com carne moída ($28), saborosa e leve. Ele fica no charmoso bairro de Barranco, com poucas e disputadas mesas e ambiente simples. Ótimo custo-benefício.

Ceviche de peixe Rei do Isolina Taberna Peruana (foto: Daniela Filomeno)

Pausa na alta gastronomia

Tomar drinques é o programa deste restaurante lounge que tem DJ. Animado e moderninho, o Cala fica de frente para o mar e é o melhor local para ver  o por do sol em Lima, “mirando el Pacífico”.  Aproveite uma pausa na alta gastronomia com um bom pisco sour e sushi com peixes frescos. Os langostins “pop” têm uma crosta que lembra farinha de panko com tapioca, sequinho e crocante ($37).

Por dentro do novo restaurante MIL Centro em Moray, de Virgílio Martinez (Central)

Vista do Cala em Barranco (foto: Rodrigo Zorzi)

Já o La Huaca Pucllana apresenta a comida tradicional creolla com uma vista incrível: as ruínas de uma pirâmide, antigo centro cerimonial de 200 a 700 a.C..

O que comer no Peru

Entre os pratos típicos, o ceviche de Pescado (Lima), Chupe de Camarones (Arequipa),  Pachamanca (Cusco) e Juanes de Galinha (Amazônia Peruana). Não deixe de beber o peruaníssimo “Pisco” (aguardente de uva) e as combinações, além da “chicha morada” (refresco preparado com milho arroxeado), a “chicha de jora” (aguardente fermentado de milho) e o “agüaje”.