Saiba que destinos internacionais estão reabrindo para turistas

Entre medidas para retomar viagens pós-pandemia estão a quarentena obrigatória para estrangeiros e restrição de voos de países específicos

Tamara Hardingham-Gill,

da CNN

Passageira no aeroporto Fiumicino, em Roma
Passageira no aeroporto Fiumicino, em Roma; moradores de países da UE já podem entrar na Itália (28/05/2020)
Foto: Guglielmo Mangiapane / Reuters

Embora a maioria dos governos ainda esteja desaconselhando viagens internacionais “não essenciais”, vários destinos populares estão começando a relaxar suas medidas de bloqueio à Covid-19 para receber turistas de volta.

No início deste mês, a União Europeia apresentou um plano de ação para reabrir suas fronteiras internas a tempo de aproveitar o movimento de verão no Hemisfério Norte, enquanto países como Estônia, Letônia e Lituânia formaram “bolhas de viagem”, suspendendo restrições para os cidadãos desses três países.

Várias ilhas do Caribe também estão se preparando para abrir suas fronteiras a visitantes estrangeiros em junho. Já destinos como México e Tailândia planejam fazer o mesmo, liberando região por região nas próximas semanas.

Se você é um dos muitos viajantes que aguardam ansiosamente notícias sobre os locais para onde já pode viajar, aqui está um guia para os principais destinos que planejam reabrir, e informações sobre aqueles que ainda mantêm suas fronteiras firmemente fechadas.

Alemanha

Alemanha
As restrições na Alemanha estão sendo relaxadas enquanto o país se prepara para reviver sua indústria do turismo.
Foto: Reprodução/Pixabay

Embora as viagens não essenciais à Alemanha sejam proibidas no momento, a terra de poetas e pensadores pretende suspender as restrições para os países da UE a partir de 15 de junho, de acordo com a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Heiko Maas.

A proposta foi listada em um documento chamado “Critérios para a habilitação do turismo intra-europeu”, que sugere que os alertas de viagem atuais sejam substituídos por conselhos de viagem individualizados por país. As autoridades também estão considerando permitir a entrada de visitantes da Turquia, Reino Unido, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.

De acordo com o documento, “a revitalização do turismo é importante para os viajantes, para o setor de turismo alemão e para a estabilidade econômica dos respectivos países-alvo”.

A fronteira terrestre entre a Áustria e a Alemanha também será reaberta em 15 de junho, e as restrições em todo o país estão sendo relaxadas. Enquanto os bares permaneçam fechados, os restaurantes começaram a reabrir em 18 de maio. Já os hotéis foram autorizados a abrir novamente a partir de 29 de maio. A chanceler Angela Merkel optou por estender as regras de distanciamento social até 29 de junho.

Aruba

Aruba
Aruba anunciou datas de tentativa de reabertura, entre 15 de junho e 1º de julho.
Foto: Reprodução/Pixabay

A ilha caribenha de Aruba está planejando abrir suas portas para os viajantes entre 15 de junho e 1º de julho.

No entanto, a agência de visitantes da ilha do Caribe, que relatou pouco mais de 100 casos confirmados do novo coronavírus, diz que essa data “provisória” pode mudar se a Aruba optar por “considerar medidas de precaução adicionais, conforme necessário”.

Embora não haja menção a requisitos de teste da Covid-19 para chegadas, os turistas deverão passar por verificações de temperatura quando chegarem.

Empresas não essenciais, incluindo shopping centers, cinemas, salões de beleza e restaurantes ao ar livre, foram autorizados a reabrir em 25 de maio.

Além disso, o departamento de Saúde Pública introduziu um “Código de Saúde e Felicidade de Aruba”, um programa obrigatório de certificação de limpeza e higiene para todas as empresas relacionadas ao turismo no país.

Bali

Bali
Pelo menos 6,3 milhões de pessoas visitaram Bali em 2019.
Foto: Reprodução/Pixabay

Bali também conseguiu conter o surto do novo coronavírus, com menos de 350 casos confirmados e, no momento da redação deste artigo, um total de quatro mortes.

A ilha indonésia agora espera receber turistas até outubro, desde que suas taxas de infecção permaneçam baixas.

Segundo comunicado de Ni Wayan Giri Adnyani, o secretário do ministério, Yogyakarta, situado na ilha de Java, deve reabrir primeiro, junto com a província das ilhas Riau.

A economia de Bali é extremamente dependente do turismo e o número de visitantes tem aumentado nos últimos anos, com cerca de 6,3 milhões de pessoas visitando em 2019.

“O coronavírus entrou em colapso na economia balinesa… Tem sido uma queda acentuada desde [meados de março] quando foram adotadas medidas de distanciamento social”, disse à ABC News em abril, Mangku Nyoman Kandia, um guia turístico de Bali. “Sem turista, sem dinheiro.”

Todos os estrangeiros, exceto diplomatas, residentes permanentes e trabalhadores humanitários, estão atualmente banidos da Indonésia, e qualquer pessoa que entre na ilha deve passar por testes e fornecer uma carta afirmando que está livre da Covid-19.

Não está claro quais serão os requisitos de entrada se as restrições forem levantadas ainda este ano ou se Bali aceitará viajantes de regiões afetadas pela pandemia.

No entanto, as autoridades de turismo pedem a implementação de uma “bolha de viagens” entre Bali e a Austrália.

A ilha indonésia espera receber turistas novamente em outubro, se suas taxas de infecção permanecerem baixas. Segundo comunicado de Ni Wayan Giri Adnyani, o secretário do ministério do Turismo, a cidade de Yogyakarta, atração na ilha de Java, deve reabrir primeiro, junto com a província das ilhas Riau.

A economia de Bali é extremamente dependente do turismo e o número de visitantes tem aumentado nos últimos anos – foram cerca de 6,3 milhões de visitas em 2019.

“O coronavírus colapsou a economia balinesa. A queda tem sido acentuada desde meados de março, quando foram adotadas medidas de distanciamento social”, relatou Mangku Nyoman Kandia, um guia turístico de Bali, à ABC News em abril. “Sem turista, sem dinheiro.”

Por enquanto, todos os cidadãos estrangeiros, exceto diplomatas, residentes permanentes e trabalhadores humanitários, estão atualmente proibidos de entrar na Indonésia. Além disso, qualquer residente que chegue nas ilhas deve passar por um teste de swab e fornecer uma carta afirmando que está livre do coronavírus.

Não está claro quais serão os requisitos de entrada se as restrições forem suspensas ainda este ano ou se Bali aceitará viajantes de regiões afetadas pela pandemia a partir de outubro, como anunciado.

No entanto, as autoridades de turismo pedem a implementação de uma “bolha de viagens” entre Bali e a Austrália.

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Chipre

Chipre
Para reaquecer o turismo, o governo do Chipre se responsabilizou por pagar custos de estadia e alimentação de viajantes que testarem positivo para Covid-19 no país
Foto: Divulgação/ Organização de Turismo do Chipre

O Chipre está tão ansioso para colocar seu setor de turismo de volta aos trilhos que as autoridades estão se oferecendo até para cobrir os custos dos viajantes que testarem positivo para a Covid-19 durante as férias no país.

De acordo com uma carta compartilhada com a CNN, o governo cipriota pagará pelo alojamento, além de alimentos, bebidas e medicamentos para os turistas que ficarem doentes com coronavírus durante sua visita.

O plano foi detalhado em um documento de cinco páginas emitido em 26 de maio para governos, companhias aéreas e operadoras de turismo internacionais.

As autoridades desse país insular do Mediterrâneo também reservaram um hospital de 100 leitos para viajantes estrangeiros que se infectarem com o coronavírus durante a viagem, além de um “hotel de quarentena” de 500 quartos para atender familiares desses pacientes e outros “contatos próximos”.

“O turista só precisará arcar com o custo do voo de transferência e repatriamento do aeroporto, em colaboração com seu agente de viagem ou a companhia aérea”, assegura a carta.

A notícia veio logo depois que o ministro dos Transportes de Chipre, Yiannis Karousos, anunciou que os hotéis no país seriam reabertos em 1º de junho, enquanto as viagens aéreas internacionais serão reiniciadas em 9 de junho. Após a reabertura do destino, porém, apenas visitantes de países escolhidos, presentes numa lista, terão acesso a Chipre em duas etapas distintas.

Passageiros de voos vindos da Grécia, Malta, Bulgária, Noruega, Áustria, Finlândia, Eslovênia, Hungria, Israel, Dinamarca, Alemanha, Eslováquia e Lituânia serão autorizados primeiro.

A partir de 20 de junho, Chipre também permitirá voos da Suíça, Polônia, Romênia, Croácia, Estônia e República Tcheca. O Reino Unido e os EUA, ambos listados entre os países com o maior número de mortes confirmadas de Covid-19, estão fora da lista.

No entanto, a lista deve ser expandida para incluir outros países nos próximos meses.

Para ingressar no país, os visitantes precisarão fornecer um certificado válido, comprovando que testaram negativo para o coronavírus e estarão sujeitos a verificações de temperatura na chegada e a testes aleatórios durante o curso de sua viagem.

Para proteger viajantes e residentes, o governo cipriota garante que os funcionários do hotel usarão máscaras e luvas, desinfetarão regularmente espreguiçadeiras e manterão mesas em restaurantes, bares, cafés e pubs com pelo menos dois metros de distância umas das outras. O turismo representa pelo menos 15% da economia de Chipre.

Egito

Egito
Os vôos internacionais para o Egito devem recomeçar durante junho e julho.
Foto: Reprodução/Pixabay

O turismo gera cerca de US$ 1 bilhão em receita para o Egito por mês – o impacto das restrições de viagens causadas pela pandemia tem sido, portanto, mais do que significativo.

O governo suspendeu os voos de passageiros em março. Hotéis, restaurantes e cafés foram fechados e um toque de recolher foi imposto.

Atualmente, essas medidas estão sendo relaxadas – hotéis que atendem a certos requisitos, como ter uma clínica com um médico residente no local, receberam permissão para reabrir para visitantes domésticos com capacidade reduzida. Mas continua ativo um toque de recolher válido entre 20h e 5h, e o governo tornou obrigatório o uso de máscaras em locais públicos e no transporte público.

Embora os voos internacionais estejam começando a operar novamente (exceto em algumas rotas selecionadas), o porta-voz do governo Nader Saad afirmou que eles poderão recomeçar gradualmente durante junho e julho.

“Temos que nos preparar”, disse Saad durante uma entrevista. “Várias companhias aéreas globais manifestaram vontade de voar para o Egito em julho e, como resultado, estamos considerando uma retomada gradual dos voos internacionais entre o final deste mês e na primeira quinzena de julho”.

Emirados Árabes

Dubai
Dubai espera receber de volta os viajantes até setembro.
Foto: Reprodução/Pixabay
Quando os Emirados Árabes Unidos, que são compostos por sete emirados, fecharam suas fronteiras em março, as restrições rigorosas incluíam a retirada de vistos de turista e a proibição de todos os voos de partida.

Também foi estabelecido um toque de recolher noturno em todo o país, oficialmente chamado “programa nacional de sanitização”, enquanto o emirado de Dubai emitia um bloqueio de 24 horas, o que significava que seus moradores tinham que solicitar uma permissão policial para deixar suas casas.

Agora, as autoridades dos Emirados estão gradualmente diminuindo essas restrições.

Nas últimas semanas, os hotéis começaram a reabrir para turistas domésticos em uma capacidade reduzida e sob diretrizes rígidas.

Em Dubai, os hóspedes devem usar máscaras o tempo todo e só podem fazer check-in nos quartos 24 horas após o check-out do hóspede anterior.

Enquanto isso, em Abu Dhabi, as máscaras também são obrigatórias para os convidados e todos os funcionários que retornam devem ser submetidos a exames da Covid-19.

Vários shoppings e restaurantes em Dubai, Abu Dhabi e Sharjah foram autorizados a abrir suas portas novamente, desde que sigam regras rígidas de saneamento e de distanciamento social, enquanto os parques públicos e praias de hotéis de Dubai podem abrir para grupos de até cinco pessoas.

Em abril, Dubai abriu seu primeiro centro de testes do novo coronavírus drive-through, localizado no Al Nasr Club, que fornece testes sem nenhum custo.

Embora os voos continuem suspensos, os principais aeroportos dos Emirados estão sendo reabertos para voos de conexão, enquanto as companhias aéreas dos Emirados Árabes Unidos Etihad, Emirates, flydubai e Air Arabia dizem que vão reiniciar os horários dos voos nas próximas semanas.

“Comemoramos a decisão das autoridades dos Emirados Árabes Unidos de reabrir os aeroportos dos Emirados Árabes Unidos para todos os viajantes que estão se conectando. A Emirates e a Flydubai anunciarão, em breve, a retomada dos voos de passageiros para mais cidades com conexões para Dubai e através de Dubai”, Sheikh Ahmed Bin Saeed Al Maktoum, Presidente da Autoridade de Aviação Civil de Dubai, twittou em 3 de junho.

“A decisão inclui o Aeroporto Internacional de Abu Dhabi, o Aeroporto Internacional do Dubai e o Porto Internacional de Sharjah, e cobre a Etihad Airways, Emirates, flydubai e Air Arabia”.

Apesar disso, as autoridades ainda devem oferecer uma forte indicação de quando os turistas internacionais poderão retornar aos Emirados.

Durante uma recente entrevista à Bloomberg TV, Helal Al Marri, diretor-geral do Departamento de Marketing de Turismo e Comércio de Dubai, sugeriu que os viajantes estrangeiros pudessem retornar ao destino em julho ou setembro, dependendo de como a situação se desenvolva.

“O importante neste cenário atual é que é uma questão global: muitos aeroportos permanecem fechados internacionalmente e trata-se realmente das discussões bilaterais que estão em andamento para ter uma abordagem coordenada da reabertura”, disse ele.

“Estamos bastante preocupados com a linha do tempo, esse é o principal risco: será julho quando as coisas se abrirem? Será setembro?”

“Só precisamos garantir que estamos prontos se as coisas acontecerem mais cedo do que o esperado”.

Espanha

Espanha
Pelo ou menos 84 milhnões de pessoas visitaram a Espanha em 2019.
Foto: Reprodução/Pixabay

O lockdown da Espanha foi um dos mais duros da Europa, mas as restrições estão sendo suavemente suspensas. Praias serão reabertas em junho, e hotéis em algumas partes do país já foram autorizados a retomar os negócios.

A partir de 1º de julho, o destino europeu, que recebeu um recorde de 84 milhões de visitantes em 2019, concederá aos viajantes da UE permissão para entrar sem precisar cumprir a quarentena de duas semanas.

“Em julho, permitiremos a chegada de turistas estrangeiros à Espanha em condições seguras”, assegurou o primeiro-ministro Pedro Sánchez em recente entrevista coletiva.

“Vamos garantir que os turistas não correm risco e que eles também não representam um risco (para a Espanha).”

Embora tenha havido pouca menção à abertura de fronteiras para viajantes fora da UE, acredita-se que a Espanha vá seguir o exemplo de destinos como Lituânia e República Tcheca, estabelecendo corredores seguros ou uma “bolha de viagem” com destinos próximos que conseguiram manter o surto sob controle.

“Quando o turismo internacional reabrir, precisaremos garantir que a pessoa que vem para a Espanha seja alguém seguro”, disse recentemente o ministro do Turismo da Espanha, Reyes Maroto, ao jornal El País. “A questão das fronteiras será acompanhada pela evolução da crise da saúde”, acrescentou.

No momento, é obrigatório que qualquer pessoa com seis anos ou mais use máscaras enquanto estiver em público, tanto em ambientes internos quanto externos, “onde não é possível manter uma distância [interpessoal]”.

França

Louvre
Moradores da França poderão viajar dentro do país em julho e agosto
Foto: Reprodução/Pixabay

A França era o país mais visitado do mundo antes da pandemia de coronavírus.

Agora, como o resto da União Europeia, ela obedece às restrições a viagens não essenciais fora da Zona Schengen (um grupo de 26 países que normalmente têm fronteiras abertas).

Os viajantes que entrarem no país, com exceção de cidadãos da UE ou vindos do Reino Unido, estarão sujeitos a uma quarentena obrigatória de 14 dias por coronavírus até pelo menos 24 de julho.

Embora o governo esteja suspendendo lentamente as medidas de bloqueio, com viagens de carro de até 100 quilômetros agora permitidas e praias começando a reabrir, as autoridades deixaram claro que o país não tem pressa para aliviar as restrições de fronteira para viajantes internacionais.

“Desde o início da crise, o fechamento das fronteiras é a regra, e a autorização para atravessar uma fronteira é a exceção. Temos que manter essa proteção no lugar, isso não mudará em breve”, afirmou o ministro do Interior da França, Christophe Castane, durante uma entrevista coletiva no início deste mês. O primeiro-ministro Edouard Philippe anunciou recentemente um pacote de estímulo de US$ 19,4 bilhões para impulsionar o setor de turismo em dificuldades.

“O que é bom para o turismo, geralmente é bom para a França; o que atinge o turismo, atinge a França”, afirmou.

Embora algumas empresas tenham permissão para reabrir, os hotéis, bares, restaurantes e cafés do país devem permanecer fechados – o que é válido no início de junho.

Mesmo assim, é improvável que estabelecimentos em Paris marcados como uma “zona vermelha” por causa de casos de coronavírus entre funcionários tenham permissão para abrir em breve.

Foi anunciado em 29 de maio que o museu mais visitado do país, o Louvre, reabrirá em 6 de julho.

“O turismo está enfrentando o que provavelmente é seu pior desafio na história moderna”, acrescentou Philippe. “Como essa é uma das joias da coroa da economia francesa, resgatá-la é uma prioridade nacional”.

O ministro reforçou que os residentes no país podem tirar férias na própria França durante julho e agosto.

Os hotéis do país dependerão do turismo doméstico assim que reabrirem, pois todos os sinais sugerem que os turistas estrangeiros não pisarão em solo francês em um futuro próximo.

“Quando as medidas de bloqueio diminuírem, é provável que os turistas franceses queiram ficar perto de casa inicialmente”, disse um porta-voz da rede francesa de hotéis Accor à CNN Travel no início de junho.

“Será o momento para as pessoas redescobrirem seu próprio país, e estaremos lá para recebê-los.”

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Geórgia

A Geórgia estava passando por um boom turístico antes da pandemia de coronavírus, tendo recebido cinco milhões de turistas em 2019, um aumento de 7% em relação ao ano anterior.

Mas o país foi forçado a fechar seus resorts de inverno e proibir a entrada de visitantes estrangeiros em março por causa da crise.

Ansioso para reabrir seu setor de turismo, o governo local anunciou que deve voltar a receber viajantes internacionais a partir de 1º de julho. As autoridades adotaram um plano de três etapas “anticrise”, que inclui uma campanha de marketing para promover a Geórgia como um “destino seguro”.

A próxima etapa permitirá viagens domésticas em zonas especiais de turismo “seguro”, enquanto a etapa final envolverá a reabertura de fronteiras e a retomada de alguns voos.

“Estamos migrando para o terceiro estágio [da resposta à Covid-19], que significa gestão pós-crise da economia e elaboração de planos para impulsionar diferentes setores”, afirmou o primeiro-ministro, Giorgi Gakharia, em uma recente reunião do governo. “O setor do turismo será o primeiro a ser atendido por medidas de socorro.”

Grécia

Grécia
Autoridades na Grécia esperam reabrir o país em 15 de junho.
Foto: Reprodução/Pixabay

O turismo é responsável por quase 20% do PIB (Produto Interno Bruto) da Grécia, além de um entre cinco empregos. Não à toa, a nação mediterrânea está ansiosa para reabrir suas fronteiras aos turistas o mais rápido possível.

Com números baixos de casos de coronavírus após implementar um bloqueio rigoroso desde o início, a Grécia planeja permitir a entrada de turistas a partir de 15 de junho.

“A temporada de turismo começa em 15 de junho, quando os hotéis de temporada poderão reabrir”, anunciou o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis em 20 de maio.

“Vamos fazer deste verão o epílogo da crise [da Covid-19]”, acrescentou.

Mitsotakis afirmou que os voos internacionais diretos para destinos gregos serão retomados lentamente a partir de 1º de julho, e que turistas de 29 países listados não deverão mais fazer o teste para o coronavírus ou entrar em quarentena na chegada.

No entanto, o ministro do Turismo, Haris Theoharis, indicou que as autoridades de saúde farão testes no local quando necessário.

“A experiência turística neste verão poderá ser um pouco diferente da que você teve nos anos anteriores”, observou Mitsotakis à CNN no início deste mês.

“Talvez não tenhamos bares abertos ou multidões, mas você ainda poderá ter uma experiência fantástica na Grécia, desde que a epidemia global esteja em uma rota descendente”.

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Os 29 países são Albânia, Austrália, Áustria, Macedônia do Norte, Bulgária, Alemanha, Dinamarca, Suíça, Estônia, Japão, Israel, China, Croácia, Chipre, Letônia, Líbano, Nova Zelândia, Lituânia, Malta, Montenegro, Noruega, Coréia do Sul, Hungria, Romênia, Sérvia, Eslováquia, Eslovênia, República Tcheca e Finlândia. A Grécia retomou os serviços regulares de balsa para suas ilhas em 25 de maio. Já as restrições de viagens dentro do país foram suspensas em 18 de maio, “permitindo a circulação de um município para outro” e entre as ilhas.

Bares e restaurantes também foram autorizados a retomar os negócios, enquanto os hotéis da cidade estão programados para reabrir em 1º de junho, seguidos pelos hotéis de temporada em julho.

Todos os passageiros internacionais já haviam sido obrigados a fazer um teste para Covid-19 na chegada ou entrar em quarentena por 14 dias.

Mitsotakis sugeriu que os turistas seriam submetidos a testes antes de sua visita como uma precaução adicional no futuro, mas parece que esse é apenas o caso de viajantes de países fora da lista dos 29. Esta, por sua vez, foi feita de acordo com um documento da Agência de Segurança da Aviação da União Europeia em aeroportos em todo o mundo, “localizados em áreas de alto risco de transmissão da infecção por Covid-19”.

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Islândia

Cachoeira na Islândia
Qualquer pessoa que visite a Islândia agora pode ser perdoada por pensar que chegou a um universo paralelo onde o novo coronavírus nunca aconteceu
Foto: Mick Krever/CNN

A Islândia reabriu suas fronteiras para turistas em 15 de junho, depois de registrar pouco menos de 2.000 casos confirmados de Covid-19.

A mudança ocorreu semanas depois que o país nórdico proibiu todos os estrangeiros, exceto os nacionais da UE e os países europeus associados.

Até recentemente, todos que chegavam de fora do país eram obrigados a entrar em quarentena por 14 dias.

No entanto, os viajantes agora têm a opção de se submeter a um teste de Covid-19 na chegada, fornecer prova de um teste recentemente feito com um resultado negativo ou concordar com uma quarentena de duas semanas.

Embora os testes atualmente sejam gratuitos, uma cobrança de US$ 112 [cerca de R$ 595] será implementada a partir de 1º de julho.

Os visitantes também serão incentivados a baixar o aplicativo Rakning C-19, projetado para ajudar a rastrear a origem das transmissões e disponível em sete idiomas – islandês, inglês, polonês, alemão, francês, espanhol e italiano.

“Quando os viajantes retornarem à Islândia, queremos ter todos os mecanismos para salvaguardá-los e o progresso alcançado no controle da pandemia”, disse Thordis Kolbrun Reykfjord Gylfadottir, Ministro do Turismo, Indústria e Inovação em comunicado oficial no mês passado.

“A estratégia da Islândia de testar, rastrear e isolar em larga escala se mostrou eficaz até agora.

“Queremos aproveitar a experiência de criar um lugar seguro para quem deseja uma mudança de cenário depois do que foi uma primavera difícil para todos nós”.

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Itália

Polícia para barco em Veneza, na Itália, durante pandemia do novo coronavírus
Polícia para barco em Veneza, na Itália, durante pandemia do novo coronavírus
Foto: Manuel Silvestri/Reuters (14.mar.2020)

A Itália foi um dos destinos mais atingidos pela pandemia, mas agora, com as taxas de infecção em queda, o país acelera os preparativos para receber os turistas de volta.

Os viajantes da UE, juntamente com o Reino Unido e os microestados de Andorra, Mônaco, San Marino e Vaticano, poderão entrar sem precisar de quarentena a partir de 3 de junho, em uma ação descrita como “risco calculado” pelo governo.

“Estamos tomando essas medidas sabendo que a curva de contágio pode subir novamente”, reconheceu o primeiro-ministro Giuseppe Conte em um discurso televisionado no início deste mês. “Temos de aceitar esse risco; caso contrário, nunca poderemos começar de novo.”

Antes, os visitantes eram obrigados a passar por uma quarentena de duas semanas para receber a autorização de entrada. Todos os museus, incluindo os do Vaticano em Roma, foram reabrindo lentamente ao longo de maio com regras estritas de distanciamento social. A partir de 18 de maio, bares e restaurantes foram autorizados a reabrir com um número reduzido de clientes e o uso de divisórias de plástico para separar os clientes.

No Vaticano, a Basílica de São Pedro tamb??m reabriu depois de mais de dois meses fechada. A Torre de Pisa também foi reaberta. Já o serviço do trem Simplon-Orient-Express de Veneza deve retornar em 8 de julho.

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Jamaica

Jamaica
A Jamaica reabriu suas fronteiras para visitantes internacionais em 15 de junho.
Foto: Reprodução/Pixabay

A Jamaica reabriu para turistas internacionais em 15 de junho, quase três meses após o fechamento de suas fronteiras.

Até o final de junho, os viajantes que estiverem indo para a ilha do Caribe deverão preencher um formulário de autorização de viagem dentro de 72 horas da partida e estarão dispostos a fazer um teste para a Covid-19 na chegada.

Um “corredor” também foi introduzido, limitando o movimento de visitantes a uma seção da costa norte da Jamaica, entre Negril e Port Antonio.

É permitido que hotéis e empresas nessa área reabram, desde que tenham recebido um “Certificado de prontidão da Covid-19”.

Os visitantes também serão obrigados a aderir aos protocolos locais, como o uso de máscaras ou coberturas no distanciamento público e social.

“O turismo é a força vital de nossa economia local e, com a ajuda de especialistas internacionais e uma força-tarefa dedicada, desenvolvemos protocolos que nos permitem reabrir nossas fronteiras com segurança”, disse o diretor de turismo da Jamaica, Donovan White, em comunicado.

“Estamos confiantes de que, quando reiniciarmos nossa economia, os jamaicanos trabalharão juntos para garantir uma experiência segura, segura e perfeita para nossos trabalhadores do turismo, suas famílias e visitantes, preservando as experiências autênticas que os viajantes buscam quando visitam nossas praias”.

A Jamaica recebe mais de 4,3 milhões de visitantes a cada ano, com o turismo representando 34% de seu PIB.

Maldivas

Vista panorâmica das Maldivas.
Maldivas suspendem todas as restrições para visitantes.
Foto: Cortesia Kuredu Island Resort

As Maldivas já são um dos destinos mais luxuosos do mundo, mas ficaram ainda mais exclusivas com a reabertura ao turismo.

A nação insular, composta por mais de 1.000 ilhas, fechou as fronteiras nacionais e cancelou todos os voos logo após registrar seus dois primeiros casos de coronavírus em março. No entanto, cerca de 30 resorts permaneceram abertos, com turistas optando por se isolar no famoso destino de lua de mel, em vez de voltar para casa.

As Maldivas registraram 1.457 casos confirmados e cinco mortes de Covid-19 até agora.

Inicialmente, foi informado que o destino reabriria no final do ano, mas as autoridades anteciparam a decisão para julho. Foi proposta uma reabertura em fases que permitiria a entrada de jatos particulares e iates a partir de 1º de junho.

Depois da comunicação, a taxa de pouso de US$ 50.000 relatada anteriormente para voos fretados e jatos particulares foi removida, juntamente com uma taxa de visto de turista.

“Estamos planejando abrir nossas fronteiras para visitantes em julho de 2020″, diz uma declaração oficial emitida pelo Ministério do Turismo em 30 de maio.

“Também queremos garantir aos nossos hóspedes que não serão cobradas taxas adicionais para entrar nas Maldivas”. O governo está considerando emitir uma Licença de Turismo Seguro para instalações turísticas que cumpram certos requisitos de segurança, como ter um médico certificado prontamente disponível e manter um “estoque adequado” de EPIs.

De acordo com a proposta inicial, os visitantes precisarão ter reserva confirmada em uma instalação turística com a licença, além de apresentar um atestado médico confirmando a prova de um teste Covid-19 negativo realizado pelo menos duas semanas antes do desembarque no destino. Mas não terão que se comprometer a passar um período mínimo de 14 dias no país, segundo o conselho de turismo das Maldivas confirmou à CNN Viagem que os visitantes.

As Maldivas receberam mais de 1,7 milhão de visitantes em 2019 e a expectativa antes da pandemia era que esse número aumentasse para 2 milhões em 2020.

Malta

Malta
Malta reabrirá suas fronteiras para visitantes de pelo menos 17 países em 1º de julho.
Foto: Reprodução/Pixabay

Logo após Malta registrar seu primeiro caso de Covid-19 em março, uma auto-quarentena obrigatória de 14 dias foi implementada para todos os turistas que entravam no pequeno país mediterrâneo.

Os vôos de saída para França, Alemanha, Itália, Espanha e Suíça foram então suspensos, antes que todas as partidas e chegadas de vôos fossem proibidas em 20 de março.
O primeiro-ministro, Robert Abela, confirmou recentemente que Malta vai reabrir suas fronteiras para visitantes de pelo menos 17 países em 1º de julho.

Viajantes da Alemanha, Áustria, Chipre, Suíça, Islândia, Eslováquia, Noruega, Dinamarca, Hungria, Finlândia, Irlanda, Lituânia, Israel, Letônia, Estônia, Luxemburgo e República Tcheca terão permissão para entrar sem se isolar por duas semanas.

Os destinos escolhidos são aqueles aparentemente considerados “seguros” pela Autoridade de Turismo de Malta em relação à transmissão da Covid-19.

No entanto, as restrições para todos os outros destinos de voo serão comunicadas a partir de 15 de julho, de acordo com autoridades.

México

México
O México vai iniciar nas próximas semanas uma reabertura por região
Foto: Reprodução/Pixabay

O México tem como objetivo receber os turistas de volta dentro de semanas.

O país permanece confinado, com hotéis e restaurantes ansiosos para recomeçar os negócios, mas as autoridades planejam reabrir o país em etapas. “O plano para o país é abrir em fases e por regiões”, disse Gloria Guevara, CEO da WTTC, à CNN Travel recentemente.

“O alvo são os viajantes domésticos primeiro, seguidos pelos viajantes dos EUA e Canadá e depois pelos turistas do resto do mundo.”

A fronteira entre os EUA e o México está fechada para viagens “não essenciais” até pelo menos 22 de junho. A maioria dos voos internacionais também está suspensa ou significativamente reduzida nos aeroportos mexicanos.

Mesmo assim, a Delta Air Lines anunciou que retomará várias frequências dos EUA para Cancún, Cidade do México, Los Cabos e Puerta Vallarta nas próximas semanas.

Quintana Roo, o estado na Península de Yucatán que abriga Cancún, Playa del Carmen e Tulum, no lado caribenho do México, espera reabrir em meados de junho, de acordo com Marisol Vanegas, secretária estadual de turismo.

“Queremos revitalizar o turismo e esperamos começar a abrir pontos turísticos e hotéis entre 10 e 15 de junho, mas ainda não definimos quais”, revelou. “Isso dependerá do que o governo federal nos permitirá fazer”. Enquanto isso, Los Cabos dará início a um plano de cinco fases para revitalizar o turismo em junho.

Rodrigo Esponda, diretor administrativo do Conselho de Turismo de Los Cabos, diz que espera poder aceitar viajantes estrangeiros e domésticos entre agosto e setembro.

No entanto, o destino de praia Riviera Nayarit, situado ao norte de Puerto Vallarta, não tem planos imediatos de trazer de volta os turistas, de acordo com Richard Zarkin, gerente de relações públicas do Departamento de Convenções e Visitantes Riviera Nayarit.

Portugal

Lisboa
O ministro das Relações Exteriores, Augusto Santos Silva, declarou recentemente que Portugal é aberto e “turistas são bem-vindos”.
Foto: Reprodução/Pixabay

Portugal ainda está em processo de relaxar as restrições de lockdown. A primeira medida, adotada em meados de maio, foi permitir a reabertura de restaurantes, museus e cafeterias com capacidade reduzida.

Mas o país europeu deseja revitalizar seu setor de turismo. O ministro das Relações Exteriores, Augusto Santos Silva, declarou recentemente que “turistas são bem-vindos”.

Embora visitantes de fora da UE sejam proibidos de entrar no país até pelo menos 15 de junho, algumas rotas aéreas foram mantidas, inclusive de países de língua portuguesa, como o Brasil.

Improvável que a fronteira terrestre entre Portugal e Espanha, fechada para turistas desde março, seja reaberta até que as restrições de viagens da UE sejam suspensas.

“Gradualmente, começaremos a flexibilizar o controle das fronteiras”, afirmou o ministro do Interior, Eduardo Cabrita, no início deste mês.

Embora a perspectiva de reabertura para turistas internacionais pareça demorar um pouco, as autoridades estão adotando medidas para garantir que os viajantes estrangeiros se sintam confiantes para retornar quando puderem.

Rita Marques, secretária de Turismo do país, lançou um programa baseado na máxima”não cancele, adie”, incentivando os turistas a remarcarem férias pré-agendadas em Portugal até o final de 2021.

Isso é válido para todas as reservas feitas por agências de viagens credenciadas, em hotéis ou Airbnbs, programadas entre 13 de março e 30 de setembro de 2020. Além disso, a autoridade nacional Turismo de Portugal criou o selo de higiene “Clean&Safe” para empresas de turismo, com o objetivo de aumentar a confiança dos visitantes. Para receber essa certificação, que é válida por um ano, as empresas terão de cumprir uma série de requisitos para a prevenção e controle da Covid-19.

Segundo Santos Silva, os aeroportos de Portugal em breve introduzirão exames de saúde para chegadas, mas os visitantes não estarão sujeitos a uma quarentena obrigatória.

Reino Unido

Londres
Uma quarentena obrigatória de 14 dias foi emitida para todas as chegadas ao Reino Unido a partir de 8 de junho.
Foto: Reprodução/Pixabay

Enquanto outros destinos estão relaxando as restrições de viagem e adotando medidas para atrair os viajantes de volta, o Reino Unido está optando por adotar regulamentos mais rígidos.

Apesar de anteriormente optar por uma quarentena obrigatória para viajantes, o governo anunciou recentemente que, a partir de 8 de junho, todos os viajantes que chegarem deverão se autoisolar por um período de 14 dias.

Sob as novas regras, todas as chegadas deverão fornecer um endereço, no qual deverão permanecer por duas semanas. Quem desobedecer estará sujeito a multas de até US$ 1.218.

A decisão, que deve ser revista a cada três semanas, anulou qualquer esperança de resgatar o turismo internacional no Reino Unido nas próximas semanas.

Acredita-se que a decisão vai desencorajar as companhias aéreas a reiniciar rapidamente as operações, já que as autoridades alertaram que há poucas chances de os residentes do Reino Unido poderem ir para o exterior neste verão.

“Agora não é hora de viajar para o exterior”, disse o ministro dos Transportes, Grant Shapps, durante uma entrevista para a BBC, quando questionado se os cidadãos britânicos deveriam reservar voos em julho.

“Se você está reservando, está claramente apostando sem saber ao certo a direção do vírus e, portanto, sem saber como estarão os alertas de viagem no futuro.” Cerca de nove em cada 10 voos foram suspensos desde que o Reino Unido entrou em lockdown.

No momento, os hotéis estão prontos para reabrir no início de julho, mas como as restrições nas fronteiras da UE ainda estão em vigor, é provável que o Reino Unido se concentre nas viagens domésticas por enquanto. O hotel-fazenda de luxo Beaverbrook é um dos muitos estabelecimentos que aguardam com ansiedade a abertura de suas portas novamente, implementando grandes mudanças para proteger os hóspedes e a equipe.

“Ainda estamos aguardando mais clareza do governo sobre quando o hotel poderá reabrir, mas temos trabalhado nos bastidores para adaptar nossas operações para garantir uma segurança extra, tanto para nossa equipe quanto para nossos clientes”, afirmou à CNN Travel um porta-voz do hotel, que fica em Surrey.

“Todos os hóspedes e funcionários terão a temperatura medida na chegada e serão solicitados a higienizar as mãos ao entrar em cada área da propriedade”, detalhou o porta-voz.

Santa Lúcia

Santa Lúcia é uma das várias ilhas do Caribe que tentam voltar ao turismo.

O destino tropical, que fechou seus pedidos de entrada de viajantes estrangeiros em 23 de março, começou sua reabertura em 4 de junho, quando passou a admitir visitantes dos Estados Unidos.

Quem chega ao país deve apresentar comprovante de teste negativo para Covid-19 – realizado nas últimas 48 horas antes do embarque – e está sujeito a triagens e verificações de temperatura pelas autoridades sanitárias portuárias. Além disso, devem usar máscaras faciais e manter o distanciamento social durante sua visita.

As autoridades também estão adotando novas medidas de segurança para os táxis, para separar motoristas e passageiros.

“Nossos novos protocolos foram cuidadosamente elaborados para criar confiança entre os viajantes e nossos cidadãos”, afirmou o ministro do Turismo, Dominic Fedee, em um comunicado.

“O governo de Santa Lúcia continua decidido a proteger vidas e meios de subsistência à medida que reinicia a economia.”

As empresas locais também foram autorizadas a reabrir, desde que tenham medidas adequadas de higiene e de distanciamento social.

Detalhes da segunda fase da reabertura da ilha, que começará em 1º de agosto, serão anunciados nas próximas semanas.

Tailândia

Tailândia
A Tailândia planeja reabrir diferentes regiões etapa por etapas até o final de 2020.
Foto: Reprodução/Pixabay

A Tailândia tem sido um dos principais destinos turísticos do mundo – recebeu cerca de 40 milhões de visitantes estrangeiros no ano passado.

No entanto, os visitantes foram proibidos de entrar no país do Sudeste Asiático desde março por causa da pandemia.

Embora o número de casos aqui tenha sido relativamente baixo em comparação com outros destinos – a Tailândia registrou pouco mais de 3.000 casos e de 50 mortes –, as autoridades não estão se arriscando para reabrir o país aos turistas.

“Ainda dependemos da situação do surto, mas acho que não receberemos turistas antes do quarto trimestre deste ano”, disse à CNN Travel Yuthasak Supasorn, governador da Autoridade de Turismo da Tailândia (ATT) .

Supasorn enfatizou que haverá limitações levando em conta a origem dos turistas e as regiões que terão as restrições relaxadas.

“Não vamos abrir de uma só vez”, acrescentou. “Ainda estamos em alerta máximo, não podemos abrir a guarda. Temos que olhar para o país de origem [dos viajantes] para ver se a situação deles realmente melhorou.”

Isso significa, na prática, que é improvável que a Tailândia abra suas fronteiras para viajantes de destinos que não tenham a situação do coronavírus sob controle.

Aqueles com permissão para entrar poderão receber “pacotes de longa permanência” em áreas isoladas, “onde o monitoramento da saúde pode ser facilmente controlado”, caso das ilhas remotas de Koh Pha Ngan e Koh Samui.

Enquanto isso, as fronteiras da Tailândia seguem firmemente fechadas. A proibição de voos comerciais internacionais de entrada – excluindo aqueles de repatriamento – foi recentemente estendida até 30 de junho e o Aeroporto Internacional de Phuket permanece fechado. Como resultado, a ATT estima que o número de visitantes cairá para 14 a 16 milhões este ano.

Como muitos outros destinos globais, a Tailândia atualmente está se concentrando no turismo doméstico.

De fato, alguns resorts e hotéis já foram autorizados a reabrir, como Hua Hin, localizado a cerca de 200 quilômetros ao sul de Bangcoc.

Shopping centers, museus, mercados e algumas atrações turísticas também estão reabrindo suas portas, com o Grand Palace de Bangcoc, reaberto em 4 de junho.

Turquia

Turquia
A Turquia tem como objetivo receber visitantes internacionais a partir de meados de junho
Foto: Reprodução/Pixabay

A Turquia faturou mais de US$ 34,5 bilhões em turismo em 2019 e está ansiosa para voltar aos negócios.

Segundo o ministro do Turismo, Mehmet Nuri Ersoy, o país reiniciou as viagens domésticas no final de maio e espera receber visitantes internacionais a partir de meados de junho. Durante uma entrevista ao canal de notícias turco NTV, Ersoy indicou que a Turquia deve reabrir primeiro para países asiáticos como China e Coreia do Sul.

O país estabeleceu novas diretrizes para seus hotéis e resorts, como verificação de temperatura no check-in e pelo menos 12 horas de ventilação do quarto após o check-out. Os hóspedes deverão usar máscaras faciais e manter o distanciamento social.

“Quanto mais informações transparentes e detalhadas dermos, mais ganharemos a confiança dos turistas”, afirmou o ministro Mehmet Ersoy à Reuters no início deste mês. Na ocasião, ele revelou planos de abrir cerca de metade dos hotéis da Turquia este ano.

As restrições às viagens entre cidades foram suspensas. Praias, museus, restaurantes, cafés, parques e instalações esportivas puderam reabrir a partir de 1º de junho.

O Grande Bazar de Istambul, um dos maiores mercados do mundo, também está se preparando para reabrir ainda em junho.

*Kocha Olarn, Karla Cripps, Shivani Vora e Elinda Labropoulou, da CNN, contribuíram para este artigo.

Texto traduzido. Clique aqui e leia o original em inglês.